Do campo à mesa

Descubra como produtores de frutos nativos da Mata Atlântica, como o cambuci, e o Instituto Auá de Empreendedorismo Socioambiental estão levando nossa biodiversidade para a mesa dos brasileiros por meio do Arranjo Produtivo Local (APL) Agroecológico da Mata Atlântica no estado de São Paulo.

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O primeiro Arranjo Produtivo Local (APL) Agroecológico da Mata Atlântica

O Arranjo Produtivo Local (APL) Agroecológico da Mata Atlântica reúne agricultores familiares que, desde 2009, cultivam de forma sustentável frutas nativas como o cambuci em áreas antes degradadas. Essa prática recupera o bioma, revitaliza a fauna e flora, e traz de volta à mesa dos brasileiros sabores únicos.


O cambuci, um fruto azedinho e rico em nutrientes e antioxidantes, é a estrela do APL. Através dele, são produzidos diversos produtos como sucos, sorvetes e geleias, que valorizam a biodiversidade local e geram renda para as famílias.


A parceria com o Instituto Auá garante a comercialização dos produtos, permitindo que a produção agroecológica das espécies nativas do bioma seja uma atividade lucrativa e contribua para a conservação ambiental.

Em 2021, o APL foi oficialmente reconhecido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, consolidando sua atuação e abrindo novas oportunidades.


O APL Agroecológico da Mata Atlântica é um exemplo de como a produção de alimentos pode ser uma ferramenta para a recuperação ambiental e o desenvolvimento sustentável.

Os Princípios do APL Agroecológico da Mata Atlântica

Promoção da agroecologia

O APL promove a agroecologia como um modelo de produção sustentável, cultivando alimentos saudáveis e nutritivos, contribuindo para a segurança alimentar e a conservação da biodiversidade.

Estímulo ao mercado de espécies nativas

Através da produção e comercialização de produtos derivados do cambuci e de outras frutas nativas, o APL demonstra o potencial econômico da agrobiodiversidade e incentiva o consumo consciente.

Inovação

O APL estimula a inovação no setor alimentar, promovendo o desenvolvimento de novos produtos e a criação de mercados para a bioeconomia. Outros setores econômicos como a indústria de cosméticos, farmacêutica ou de óleos essenciais, por exemplo, podem inovar com ingredientes potentes.

Governança e transparência

Por meio da governança participativa, todos os atores da cadeia produtiva participam da tomada de decisões. Através de conselhos deliberativos, agricultores e demais parceiros definem preços justos, estabelecem critérios de qualidade e garantem a rastreabilidade dos produtos.

O Território do APL

Em quatro séculos de exploração econômica, o Estado teve sua cobertura florestal reduzida drasticamente para a ocupação por monoculturas agrícolas, principalmente com o desmatamento para implantação do café. Ainda assim, até 1920 mais da metade do território estava coberto por florestas nativas. Foi em meio século de industrialização que a devastação da Mata Atlântica atingiu os níveis mais alarmantes, quando, em 1973, a floresta primitiva reduziu-se a 8,75% do seu território, ou cerca de 2 milhões de hectares, concentrados quase exclusivamente na Serra do Mar”.



Fonte: RBMA-Instituto Florestal

O APL está situado na faixa de Mata Atlântica do Estado de São Paulo, especialmente na Serra do Mar Paulista, no Vale do Ribeira e no Vale do Paraíba, regiões marcadas pela exploração de seus recursos naturais. Ao longo dos séculos, o desmatamento desenfreado para a expansão da agricultura, a extração madeireira, a industrialização e a urbanização causaram profundos impactos ambientais, reduzindo significativamente a cobertura vegetal original e comprometendo a biodiversidade.


Atualmente, embora a taxa de desmatamento tenha diminuído, a região ainda enfrenta desafios como a fragmentação de habitats e a degradação dos ecossistemas. A agricultura, historicamente baseada em monoculturas e no uso intensivo de agrotóxicos, tem contribuído para a perda de fertilidade do solo e a contaminação dos recursos hídricos. No entanto, nos últimos anos, tem-se observado um crescente movimento em defesa da agricultura agroecológica, que busca sistemas de produção mais sustentáveis, com menor impacto ambiental e social.

Essa nova perspectiva agrícola, que valoriza a diversidade biológica, a rotação de culturas e o uso de técnicas tradicionais, tem ganhado força e representa uma esperança para a recuperação dos ecossistemas e a melhoria da qualidade de vida das comunidades locais.

Ciclos Econômicos

Os principais ciclos econômicos dessas regiões ao longo dos séculos, incluem a extração de ouro, cultivo de café, arroz, banana, extração de madeira, monocultura de eucaliptos, criação de gado e, mais recentemente, a urbanização e a industrialização. Essas atividades moldaram a paisagem, sociedade e economia ao longo dos séculos. Com terras degradadas e o fim de várias dessas atividades, uma alternativa econômica sustentável se faz necessária.

Desmatamento

A Mata Atlântica continua ameaçada pelo desmatamento. Entre outubro de 2021 e 2022, a Fundação SOS Mata Atlântica e o INPE registraram o desmatamento de 20.075 hectares, equivalente a mais de 20 mil campos de futebol, resultando na emissão de 9,6 milhões de toneladas de CO2. Embora isso represente uma redução de 7% em relação a 2020-2021, a área desmatada é a segunda maior dos últimos seis anos.

Restauração

A restauração ecológica com frutas nativas da Mata Atlântica, como cambuci e juçara, é uma solução eficiente para problemas sociais e ambientais. Em sistemas agroflorestais, regeneramos a floresta, protegemos o solo, atraímos animais e garantimos a qualidade da água. Além disso, gera renda para agricultores, fortalece a identidade cultural local e une conservação ambiental com desenvolvimento socioeconômico.

As Frutas Nativas da Mata Atlântica

As frutas nativas da Mata Atlântica, outrora abundantes, foram perdendo espaço, mas iniciativas como o Arranjo Produtivo Local Agroecológico estão trabalhando para recuperá-las, promovendo a biodiversidade, a economia local e a alimentação saudável

  • Sabores Perdidos
  • Eram abundantes na dieta indígena e no cotidiano dos colonizadores.
  • Perderam espaço com a ocupação e exploração da Mata Atlântica.
  • A Expansão urbana, a monocultura e a exploração desenfreada do bioma levaram muitas espécies à beira da extinção.



  • Iniciativas de recuperação
  • A Produção agroecológica e a valorização das frutas nativas são o foco do trabalho do APL.
  • O objetivo é recuperar biodiversidade, gerar renda e promover segurança alimentar.
  • Potencial das frutas nativas
  • O Cambuci, a juçara, a uvaia, o araçá e outras frutas possuem grande potencial gastronômico, nutricional e medicinal.
  • Possuem sabores únicos e propriedades nutritivas que atraem chefs, indústrias e consumidores.
  • O Instituto Auá desenvolveu um sistema de armazenamento e de logística para a oferta durante todo o ano.

  • Benefícios da recuperação
  • Resgate ambiental e fortalecimento da economia local.
  • Promoção da cultura alimentar brasileira e construção de um futuro mais sustentável.


Cambuci

Sua árvore, de nome científico Campomanesia phaea, é uma espécie nativa que contribui para a preservação da biodiversidade, podendo alcançar até 15 metros de altura. Seu fruto é rico em vitamia C e antioxidantes e pode ser utilizado em receitas diversas, doces e salgadas.

Juçara

Uma espécie chave para a regeneração da floresta, a juçara é uma palmeira cujos frutos são ricos em fibra, Vitaminas A e C, ferro e cálcio. Seu uso na culinária valoriza suas propriedades nutricionais e promove o resgate da cultura alimentar ligada à Mata Atlântica.

Uvaia

A uvaia desempenha um papel importante na conservação do bioma, pois é uma espécie nativa que contribui para a manutenção dos ecossistemas. É rica em Vitamina C, fibras e antioxidantes e sua folha tem propriedades antinflamatórias. Cai bem em variadas receitas.

Araçá Vermelho

O araçá é um fruto da mesma família e parecido com a bem conhecida goiaba, porém são frutos menores. Podem ser amarelos, vermelhos, de polpa suculenta e ligeiramente mais azedos e ricos em vitamina C. É rico em vitaminas A, B, C, antioxidantes, carboidratos e proteínas, possuindo vários usos medicinais.

Impulsionando o Mercado das Frutas Nativas da Mata Atlântica

Com o aumento da consciência sobre a importância da alimentação saudável e a busca por experiências gastronômicas mais autênticas, as frutas nativas da Mata Atlântica se posicionam como um tesouro a ser explorado, com um futuro promissor nos mais diversos setores do mercado.

Gastronomia

Ao utilizar frutas nativas, a gastronomia celebra a biodiversidade brasileira e oferece uma experiência culinária mais rica e autêntica.

Indústria

A indústria alimentícia encontra nas frutas nativas um tesouro para desenvolver produtos inovadores e de alto valor agregado, como bebidas, sorvetes e outros.

Food Service

Frutas nativas podem ser usadas para criar bebidas quentes e frias, como chás, sucos, smoothies e até mesmo em bolos e tortas ou molhos e pratos salgados.

Varejo

O varejo inova ao oferecer uma variedade de produtos à base de frutas nativas, desde picolés artesanais até cervejas frutadas, surpreendendo os consumidores que buscam sabor, saúde e sustentabilidade.

Hotelaria

Desde o café da manhã até os coquetéis do bar, as frutas nativas podem enriquecer a experiência do hóspede em todos os momentos da sua estadia.

Merenda escolar

As frutas nativas enriquecem a merenda escolar com vitaminas, minerais e fibras, contribuindo para uma alimentação mais completa e saudável para os alunos, além de estimular a produção local.

A Agricultura Familiar como Guardiã das Frutas Nativas

Os agricultores familiares são os verdadeiros guardiões da Mata Atlântica e das suas frutas nativas. Através de práticas agrícolas sustentáveis, eles preservam a biodiversidade, resgatam saberes tradicionais e oferecem à sociedade alimentos nutritivos e saborosos, contribuindo para a construção de um futuro mais sustentável. Conheça os produtores rurais que fazem parte do Conselho Gestor do APL Agroecológico da Mata Atlântica:

Kauã de Barros
Sítio do França

Natividade da Serra-SP

Milton Martuscelli
Sítio Angelina

Natividade da Serra-SP

Victor Secoli
Sítio Grinape

São Miguel Arcanjo - SP

Violeta Martins e Juliano Hojah
Sítio do Alto da Serra

Natividade da Serra-SP

Christian Kleist Constantino
Fazenda Campo Alto

Piedade-SP

A Produção e a Infraestrutura Logística e Comercial

  • A produção agroecológica de frutas nativas da Mata Atlântica recebe apoio do Instituto Auá, que capacita agricultores e investe em infraestrutura.

  • Com parcerias como o FEHIDRO e a Fundação Banco do Brasil, mais de 5 milhões de reais foram direcionados para fortalecer o APL.

  • Para otimizar a logística e comercialização, o Instituto possui um galpão de 500 m² em Osasco-SP, com duas câmaras frias que armazenam até 40 toneladas, garantindo disponibilidade contínua dos frutos.

  • Por meio da parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, o APL recebeu painéis solares para economia de energia no armazenamento dos frutos nativos no galpão do Instituto Auá.

  • Além disso, o Instituto coordena uma equipe comercial e de comunicação para expandir o mercado e fortalecer parcerias.


Impactos Socioambientais

Mais de 120 toneladas de frutas nativas da Mata Atlântica produzidas pelo APL e comercializadas pelo Instituto Auá nos últimos 10 anos.
Mais de 10 variedades de frutíferas nativas da Mata Atlântica plantadas com fins econômicos em Sistemas Agroflorestais.
Geração de renda e maior qualidade de vida para mais de 50 agricultores envolvidos direta e indiretamente com o APL Agroecológico da Mata Atlântica de São Paulo
Mais de 250 clientes atendidos nos setores da gastronomia, food service, varejo, hotelaria, indústria alimentícia e merenda escolar.

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Redes Sociais

O Projeto “Ecomercado da Mata Atlântica Paulista” tem o apoio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo e permitiu a elaboração deste website.

O projeto tem como objetivo promover o desenvolvimento sustentável do Estado de São Paulo pela agroecologia com as espécies nativas da Mata Atlântica e contribuir para a abertura de mercado para estas frutas, tornando-as mais conhecidas da população e permitindo a geração de renda para os agricultores.

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